quinta-feira, 5 de julho de 2007

Devem ou não os jornalistas cumprir o que por cá se denomina segredo de justiça?

Jornalistas italianos em greve em defesa das escutas telefônicas
Os jornalistas italianos cumprem neste sábado um dia de "silêncio informativo" em protesto contra um projeto de lei que prevê a proibição da divulgação de escutas telefônicas realizadas em investigações judiciais.
A greve afeta as agências de notícias, sites, rádios, canais de televisão e jornais. O protesto começou às 05H00 GMT (2H00 de Brasília) deste sábado e prosseguirá até o mesmo horário no domingo.
O sindicato dos jornalistas italianos (FNSI) convocou a paralisação em protesto a um projeto de lei do governo do primeiro-ministro Romano Prodi que, afirma, "provocará um duro dano à autonomia do jornalismo e limitará fortemente a informação judicial".
O projeto, aprovado em primeira votação na Câmara dos Deputados, prevê a proibição de divulgação de qualquer tipo de documento da investigação da promotoria antes que o mesmo seja enviado a julgamento, sob pena de multas de dezenas de milhares de euros ao jornalista que redigir a notícia.
A publicação nos jornais de páginas inteiras de conversas telefônicas grampeadas pela justiça, que às vezes envolvem personalidades, é uma prática normal na Itália.
O debate esquentou após a difusão pela imprensa de trechos de conversas entre o chanceler italiano, Massimo D'Alema, e o ex-diretor da seguradora Unipol Giovanni Consorte, que mais tarde foi acusado de corrupção em um escândalo financeiro.

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